ainda não entendi se quero inspiração para escrever ou só para ficar mais bonito. na verdade quero só cagar na pontuação, nos erros e no caralho da paneleirice que se faz da literatura. aliás, isto é tudo uma piça. palavras não descrevem o batimento do meu coração nem a velocidade do meu sangue neste momento. qual é a cena de tentar escrever sobre isso afinal? está tudo aqui dentro, mais ninguém vai sentir igual! e eu não sou mais egoísta ou arrogante por pensar assim porque no fundo todos somos únicos e não há sentimentos comuns.
acho que devia ser uma espécie de "lei da vida": cada um por si e ponto final. pedir conselhos a alguém e não entender o porquê da sua origem mas ainda assim agir consoante essa merda é no mínimo inconsciente. antes de qualquer aviso ou chamem-lhe o que quiserem, estão os nossos sentimentos e quem os provoca. abandonar assim uma sensação tão transcendente e sem explicações possíveis só porque alguém aconselhou é de gente doida! é claro que estou a falar directamente dos meus labirintos mentais. peço desculpa pela ficha pessoal mas de momento não há nada que me acalme como uma distracção mental. nem penso no meu maço de tabaco, isso vai obrigatoriamente levar-me para demasiado longe... tão longe que dá vontade de lá ficar, naquela concha que se formava sem qualquer esforço.
e agora já comecei a ouvir as batidas que o meu coração dá quando se liga à cabeça, ai que massacre! vou querer falar daquilo que estou a sentir e já senti e morria por sentir de novo. mas que sa foda não é? como tu dizias tanta vez, cagalhão.
não faço a puta da ideia de que musica pôr a tocar. já experimentei gabriel o pensador, sam the kid e orelha negra. mas acabei de encontrar bon iver e mais uma vez isto entra aqui dentro e só me faz querer escrever sobre pensamentos e merdas. não sei se me vai fazer bem consciencializar-me das coisas enquanto as escrevo mas pode ser que a racionalidade se apodere das minhas mil veias sentimentais e as derrube de vez. ai estou capaz de lhes implorar... isto dói aqui na barriga e sobe bué vezes. não sei se é normal mas é sempre assim que me sinto quando alguém abandona a minha vida. em especial este alguém, ou se quiser alargar o campo de abandonos, estes "alguéns". acho no entanto que devia deixar isso para um outro dia, é um assunto tão mais delicado que prefiro falar dele sóbria.
oh não!!, começou aquela vontade estúpida de vomitar. isto acontece com mais alguém? estou ansiosa demais e nem controlo os movimentos. juro que tenho todos os nervos à superfície da pele e só consigo pensar "é de vez". mas espera lá.. isto não está a fazer sentido nenhum. vou reformular porque nem eu entendi: estou demasiado nervosa e a única coisa em que penso é que te foste embora de vez. ah bom, talvez assim funcione. adorava que funcionasse também nos batimentos que o meu coração dá e nos sentimentos que correm descontroladamente por aqui. não tinha noção de nada disto, da pouca confiança que criei em ti e da escassa que sempre tive em mim. muito sinceramente, eu quero acreditar que não levaste outras miúdas para a cama e só gostavas do meu corpo e da cabeça que o comanda. mas também quero acreditar que as minhas amigas me avisam por se preocuparem comigo e apenas para o meu bem. não queria ser levada pelos teus olhos e pelos teus braços assim à minha volta como estou a ser agora mesmo estando a milhares de metros de ti... tu hipnotizaste-me desde o primeiro instante que me respondeste a qualquer coisa como "gostar a sério é assim tão diferente?". até abrandaste o carro no meio de uma nacional, "tshi... caga. não se explica entendes? caga". ai eu adorava morrer assim de amor. mesmo que as consequências massacrem e façam cortes na nossa dignidade ou força, não há nada que me desperte tanta sede neste mundo. tipo, como é que é possível? são sensações que prendem qualquer raciocínio e levam de arrasto uma alma in-tei-ra!
bem, eu não estou a medir a intensidade das minhas palavras nem sei se vai ser bom ler isto tudo no final. também não sei se tenho sono, se estou cegamente apaixonada ou completamente iludida. sei só que me doeu abrir a porta e virar a cara para te ver uma última vez a sair da minha rua. aliás, continua sem fazer sentido e irrita lembrar-me disso! quero puxar-te para perto de mim e dizer-te o bem que me fazias. e que bem! já tenho saudades tuas e nem sequer dei oportunidade ao meu instinto carnal de as matar...
loucura. isto chama-se tudo loucura. chegar a casa à 1h30 e vir a correr para o computador para conversar sobre ti; recusar os teus lábios e olhos perdidos nos meus; chorar compulsivamente quando acho que nem razões tenho para tal; não largar os olhos do telemóvel à espera de qualquer sinal teu; mentir às minhas amigas por te sobrevalorizar; comer tudo o que me chega aos ouvidos e comandar as minhas ideias à volta disso; roer as unhas por não conseguir parar quieta; criar ligações na minha cabeça para tentar solucionar tanta ansiedade(...) + 100000 infinitos. tantas loucuras devem soar a paradoxos bem estranhos mas é isso mesmo que sinto agora, um nó impossível. e assim que deitar a cabeça à procura de alguma calma já sei que me vou inundar de recordações quentinhas e fofinhas e aconchegantes que somente tu tinhas dado a conhecer ao meu corpo tão virgem e à minha alma tão pequenina. quem me dera poder confessar-te isto tudo agora. falar-te do medo que tinha em apaixonar-me por ti e nunca ser correspondida, das vezes que me deitei e acendi uma vela para transportar o teu quarto até mim, dos cigarros que comi madrugada dentro cada vez que gritávamos um com o outro... sei lá. "tu és mágico" repetia eu inúmeras vezes sem nunca dares a atenção que devias às poucas vezes que falava daquilo que eras em mim. agora não há oportunidade que me valha nem oração que me salve não é? foda-se para esta merda toda, gastei as palavras todas e continuo a ter vontade de vomitar.
boa noite para mim e para quem quiser. boa sorte para o meu coração e para o teu. foi de facto um enorme prazer, toma conta de ti.
os pontos,virgulas e outras coisas desse tipo sempre foi o meu fraco a escrever , pois esqueço-me deles a brava mas não faz mal pois o Saramago também escrevia sem eles e ganhou prémio Nobel...
ResponderEliminar...ai eu adorava morrer assim de amor....
isso não se faz e digo-te porque apesar de saber que tas a brincar e não a falar a serio:
se morreres ele vai procurar imediatamente consolo noutra ...ou seja morre-se em vao por alguém que nos ira substituir rapidamente ...
os problemas do amor sempre foram muito confusos e é extremamente complicado dar opinioes , acho mais facil fazer uma ponte que curar males de amor.
ps:relaxa e come um iogurte da adagio ou um carte d´dor da ola ....é bem melhor e os problemas parece que se resolvem sozinhos...experimenta beijinho
obrigada matilde (:
ResponderEliminarnem imaginas o quao feliz isso me deixa.
normalmente sou uma seguidora muito atenta, mas nao tenho tido tempo para vir aqui, mas assim que tiver tiro um bocadinho para explorar este cantinho
percebo isso tudo tao bem, a revolta estupidamente enorme que é ver tudo ir-se embora.
ResponderEliminare depois so nos apetecer odiar alguem por entre as lagrimas que correm sem parar e dizer tudo o que queremos mesmo sem fazer sentido nenhum.
Tenho mesmo pena que seja assim, e digo que adorei toda a mais pequena palavra que te descreveu aqui escritaa
foi muito muito bom, adorei mesmo!
ResponderEliminare sabes o que foi tambem muito bom? ler isto, alias mais que bom!
e se fosse so dificil. é triste. admiro em ti a tua autenticidade
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