segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"bué mágico"

ando sem palavras. ultimamente passo vinte e quatro horas a ouvir-te do meu lado esquerdo e a acompanhar tudo o que tu fazes. entretanto já compro português vermelho, aprendi a pôr-te mocado e especialmente a sentir as coisas da maneira mais deliciosa. 
ás vezes pergunto-me noites a fio se ainda esperas ver aqui outra pessoa. nunca gosto de falar nisto porque me custa, dá-me mesmo aquelas dores de barriga súbitas. mas sei lá, tenho consciência daquilo que tenho contigo e tu tens comigo. independentemente daquilo que tu guardas de outros tempos eu entendo e acredita, só te aconchego porque sei o quanto te deve saber bem. o facto de nunca ter saboreado aquilo que tanta vez entra conversa dentro não quer de todo dizer que não consiga perceber o labirinto de pensamentos que provoca e se instala na tua cabeça. 
mas aparte disto, confesso que não imaginei nada assim. a minha vontade de te querer ver todos os dias rompe esta organização sempre tão habitual. nem consigo traduzir. ver-te hoje entrar no meu quarto a apreciar todos os pormenores e a caíres na minha cama arrepiou-me de uma ponta à outra, não pensei noutra coisa a tarde inteira a não ser na minha noite, vai saber-me tão a mel!
dorme bem tu também.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

- abre os olhos. nunca experimentaste?
- não! não gosto, não sabe igual.
- tenta. eles acabam por se fechar, essa é a melhor parte.


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

não tem título caralho

ainda não entendi se quero inspiração para escrever ou só para ficar mais bonito. na verdade quero só cagar na pontuação, nos erros e no caralho da paneleirice que se faz da literatura. aliás, isto é tudo uma piça. palavras não descrevem o batimento do meu coração nem a velocidade do meu sangue neste momento. qual é a cena de tentar escrever sobre isso afinal? está tudo aqui dentro, mais ninguém vai sentir igual! e eu não sou mais egoísta ou arrogante por pensar assim porque no fundo todos somos únicos e não há sentimentos comuns. 
acho que devia ser uma espécie de "lei da vida": cada um por si e ponto final. pedir conselhos a alguém e não entender o porquê da sua origem mas ainda assim agir consoante essa merda é no mínimo inconsciente. antes de qualquer aviso ou chamem-lhe o que quiserem, estão os nossos sentimentos e quem os provoca. abandonar assim uma sensação tão transcendente e sem explicações possíveis só porque alguém aconselhou é de gente doida! é claro que estou a falar directamente dos meus labirintos mentais. peço desculpa pela ficha pessoal mas de momento não há nada que me acalme como uma distracção mental. nem penso no meu maço de tabaco, isso vai obrigatoriamente levar-me para demasiado longe... tão longe que dá vontade de lá ficar, naquela concha que se formava sem qualquer esforço. 
e agora já comecei a ouvir as batidas que o meu coração dá quando se liga à cabeça, ai que massacre! vou querer falar daquilo que estou a sentir e já senti e morria por sentir de novo. mas que sa foda não é? como tu dizias tanta vez, cagalhão.
não faço a puta da ideia de que musica pôr a tocar. já experimentei gabriel o pensador, sam the kid  e orelha negra. mas acabei de encontrar bon iver e mais uma vez isto entra aqui dentro e só me faz querer escrever sobre pensamentos e merdas. não sei se me vai fazer bem consciencializar-me das coisas enquanto as escrevo mas pode ser que a racionalidade se apodere das minhas mil veias sentimentais e as derrube de vez. ai estou capaz de lhes implorar... isto dói aqui na barriga e sobe bué vezes. não sei se é normal mas é sempre assim que me sinto quando alguém abandona a minha vida. em especial este alguém, ou se quiser alargar o campo de abandonos, estes "alguéns". acho no entanto que devia deixar isso para um outro dia, é um assunto tão mais delicado que prefiro falar dele sóbria. 
oh não!!, começou aquela vontade estúpida de vomitar. isto acontece com mais alguém? estou ansiosa demais e nem controlo os movimentos. juro que tenho todos os nervos à superfície da pele e só consigo pensar "é de vez". mas espera lá.. isto não está a fazer sentido nenhum. vou reformular porque nem eu entendi: estou demasiado nervosa e a única coisa em que penso é que te foste embora de vez. ah bom, talvez assim funcione. adorava que funcionasse também nos batimentos que o meu coração dá e nos sentimentos que correm descontroladamente por aqui. não tinha noção de nada disto, da pouca confiança que criei em ti e da escassa que sempre tive em mim. muito sinceramente, eu quero acreditar que não levaste outras miúdas para a cama e só gostavas do meu corpo e da cabeça que o comanda. mas também quero acreditar que as minhas amigas me avisam por se preocuparem comigo e apenas para o meu bem. não queria ser levada pelos teus olhos e pelos teus braços assim à minha volta como estou a ser agora mesmo estando a milhares de metros de ti... tu hipnotizaste-me desde o primeiro instante que me respondeste a qualquer coisa como "gostar a sério é assim tão diferente?". até abrandaste o carro no meio de uma nacional, "tshi... caga. não se explica entendes? caga". ai eu adorava morrer assim de amor. mesmo que as consequências massacrem e façam cortes na nossa dignidade ou força, não há nada que me desperte tanta sede neste mundo. tipo, como é que é possível? são sensações que prendem qualquer raciocínio e levam de arrasto uma alma in-tei-ra! 
bem, eu não estou a medir a intensidade das minhas palavras nem sei se vai ser bom ler isto tudo no final. também não sei se tenho sono, se estou cegamente apaixonada ou completamente iludida. sei só que me doeu abrir a porta e virar a cara para te ver uma última vez a sair da minha rua. aliás, continua sem fazer sentido e irrita lembrar-me disso! quero puxar-te para perto de mim e dizer-te o bem que me fazias. e que bem! já tenho saudades tuas e nem sequer dei oportunidade ao meu instinto carnal de as matar... 
loucura. isto chama-se tudo loucura. chegar a casa à 1h30 e vir a correr para o computador para conversar sobre ti; recusar os teus lábios e olhos perdidos nos meus; chorar compulsivamente quando acho que nem razões tenho para tal; não largar os olhos do telemóvel à espera de qualquer sinal teu; mentir às minhas amigas por te sobrevalorizar; comer tudo o que me chega aos ouvidos e comandar as minhas ideias à volta disso; roer as unhas por não conseguir parar quieta; criar ligações na minha cabeça para tentar solucionar tanta ansiedade(...) + 100000 infinitos. tantas loucuras devem soar a paradoxos bem estranhos mas é isso mesmo que sinto agora, um nó impossível. e assim que deitar a cabeça à procura de alguma calma já sei que me vou inundar de recordações quentinhas e fofinhas e aconchegantes que somente tu tinhas dado a conhecer ao meu corpo tão virgem e à minha alma tão pequenina. quem me dera poder confessar-te isto tudo agora. falar-te do medo que tinha em apaixonar-me por ti e nunca ser correspondida, das vezes que me deitei e acendi uma vela para transportar o teu quarto até mim, dos cigarros que comi madrugada dentro cada vez que gritávamos um com o outro... sei lá. "tu és mágico" repetia eu inúmeras vezes sem nunca dares a atenção que devias às poucas vezes que falava daquilo que eras em mim. agora não há oportunidade que me valha nem oração que me salve não é? foda-se para esta merda toda, gastei as palavras todas e continuo a ter vontade de vomitar.
boa noite para mim e para quem quiser. boa sorte para o meu coração e para o teu. foi de facto um enorme prazer, toma conta de ti.