quinta-feira, 28 de junho de 2012

sexta-feira, 22 de junho de 2012

revolta interior

estou cansada de vos ver todos os dias. ter de vos dizer para onde com quem e como vou, responder a perguntas que aos meus ouvidos soam tão desnecessárias como a própria preocupação que as motiva.
não mãe, não ponho em questão a liberdade e muito menos aquilo que me proporcionaram até aos dias de hoje. só me faz uma certa confusão que o meu choro não te mostre qual o meu maior ponto fraco. como é que é possível não chegares lá... como é que é sequer possível subires ao meu quarto e eu não conseguir olhar para ti depois de te confessar que há tão poucas coisas que me fazem mesmo feliz; e que é na família que todos encontramos o nosso ponto de equilíbrio mas que, surpreendentemente, a mim só me deixa mais nervosa e aborrecida. como?
tudo começou porque gosto de cozinhar sozinha. fico sem perceber se o defeito é meu, fruto de crises metade existenciais metade plausíveis (e extremamente razoáveis), ou é a minha mãe cansada das complicações que uma miúda rebelde cria...
contornando o titulo que hoje comandou o meu relógio, esta é a revolta que mais voltas dá na minha cabeça. o meu corpo, as frequências e os exames, a falta de sexo, a ansiedade habitual por qualquer coisa indefinida, o tédio dos dias iguais, a incompatibilidade entre alguém que eu julgo ou julgava ser compatível, (...) isto sim, são as mini-revoltas que ao pormenor fodem o meu esquema todo. não era suposto viver a minha vida quando sei que no fundo está a escorregar e eu deixo passar. não foi mesmo nada disto que eu imaginei mãe...

domingo, 10 de junho de 2012

dores de barriga, sopas de letras na minha cabeça e um coração louco mas altamente perdido.

terça-feira, 5 de junho de 2012

estás feio. magro. sem cor.
eu estou feliz, livre e apaixonada pela vida.

pergunto-me quem te deixou assim, tu ou esse veneno que insistes em amar. chamar-lhe-ia comodismo senão soubesse o à-vontade que ela te transmite pelos anos que já soma ao teu lado. no entanto, prefiro continuar convencida de que se trata de amor louco e que no seguimento do clichê de que é feito o meu blogue, foram ambos feitos um para o outro.
não espero ver-te sozinho e muito menos comigo. também  não faço questão de esconder as saudades que deixas ou as vontades que ainda restam. gostava apenas de te mostrar que agora a minha vida consegue passar por cima da tua, tal como tanto desejavas e tão pouco me pedias. não estou certa quanto ao resultado desta situação imensamente hipotética, nem sei se teria dignidade suficiente para me aventurar assim! o facto é que continuo disposta a provar-te qualquer coisa... e isso, ai, isso é o que me inquieta mais quando o teu nome vem.