sábado, 25 de outubro de 2014

"porque a cama é gigante sem ti nela
eu fico acordado como sen-ti-nela
eu deixo tudo aberto, pode ser que venhas pela janela"

terça-feira, 2 de setembro de 2014

por outras palavras...

Se quiser ir, tudo bem, vai. De qualquer forma, você vai sempre continuar aqui, não fisicamente, mas vai continuar. Nas músicas que eu ouvir, nos textos que eu ler, nos filmes, nos livros e em todos os lugares possíveis. Não quero te esquecer, ninguém nunca me fez tão bem como você, quero te guardar como um tesouro, dentro do meu coração, do qual só você tem a chave certa para abri-lo. E espero que você perceba que ainda tem e sempre terá essa chave, e assim, talvez, apenas talvez, você volte e decida ficar.

Allan Moura

percebes?

não sei até que ponto o homem da minha vida ultrapassa o amor da minha (tão antiga) vida. quero dizer, tenho a certeza que ultrapassa, não me restam dúvidas. a minha barriga até pode ganhar meia dúzia de borboletas, posso até ficar corada e totalmente envergonhada de um segundo para o outro apenas porque me cumprimentou ou posso até, no limite de tudo isto, deixar que uma parte de mim o procure por entre a multidão que dança à minha volta mas são sensações que à luz do meu passado me perseguirão para todo o sempre. não consigo deixar de lado, por muitos anos que passem, a imensidão de coisas que ficaram no meu espírito com tudo aquilo que passei com o tal a quem chamo amor da minha vida. a questão aqui é saber distinguir umas sensações de outras. infelizmente, tenho uma tendência estúpida em confundir recordações com sentimentos presentes e muitas das vezes deixo-me levar por algo que nem sequer está aqui. é por isto que digo que o homem da minha vida é um sem número de vezes superior ao amor porque facilmente sou levada a procurar sensações que só me enganam ao invés de encontrar alguém que está ali, que quer estar ali e dificilmente sairá do meu lado.
tenho a certeza destas palavras como tenho a certeza da morte e isto tem uma razão tão simples como imaginar-me sem ele hoje e amanhã e depois de amanhã. não faço ideia como será daqui a uns anos (apesar de na minha cabeça a telenovela já ir bem longe...) mas sei que se existe alguém assim no mundo a gostar mais de mim que eu de mim mesma é porque tem de ficar por aqui. resta saber até quando serei eu capaz de provar o meu amor que tão dificilmente desabrocha... porra pra mim.

sábado, 7 de junho de 2014

Vai lá otária, manda mais uma mensagem, como se ele não tivesse recebido todas as últimas que você mandou… Enche a caixa de entrada do celular dele, como se isso fosse fazê-lo sentir algo por você além de enjoo. Enjoo do teu exagero, enjoo de quem insiste em dançar sem música, sem ritmo, sem dança, sem pista, sem par, que tal se valorizar?


- Tati Bernardi

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Você era meu príncipe. Depois de tantos amores estranhos, pequenos, errados e tortos, eu finalmente tinha reconhecido no seu olhar centralizado e no seu sorriso espalhado, o meu príncipe. E o meu príncipe estava me dando o fora. Que porra eu ia esperar da vida agora? Quem iria me levar para longe se você não me queria por perto? Não teve como. Foi a primeira vez na vida que não consegui me enrolar e deixei a dor vencer. E pra te falar ainda mais a verdade, eu acho mesmo que você foi o príncipe que eu esperei a vida inteira. Você chegou e me levou embora. Levou embora a menina que tinha medo de sentir a vida e esperava uma salvação para tudo. Quem sobrou é essa desconhecida, que não espera mais pelo cavalo branco mas fica ansiosa pelo início da novela e talvez esteja pronta para amar de verdade. Amar um homem e não um príncipe.

Tati Bernardi

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

i really fucked it up this time, didn't i my dear?

Weep for yourself, my man,
You'll never be what is in your heart
Weep little lion man,
You're not as brave as you were at the start
Rate yourself and rake yourself,
Take all the courage you have left
Wasted on fixing all the problems that you made in your own head

But it was not your fault but mine
And it was your heart on the line
I really fucked it up this time
Didn't I, my dear?

Tremble for yourself, my man,
You know that you have seen this all before
Tremble little lion man,
You'll never settle any of your score
Your grace is wasted in your face,
Your boldness stands alone among the wreck
Now learn from your mother or else spend your days biting your own neck

But it was not your fault but mine
And it was your heart on the line
I really fucked it up this time
Didn't I, my dear?


acho que vou mandar fazer um papel de parede com esta frase repetida ao longo de uma das paredes do meu quarto, talvez assim faça efeito não? se bem que quando começo a pensar na minha vida e em tudo aquilo que já fiz (e desfiz) ao longo dela sobram-me tão poucas razões para gostar de mim... que triste, que garotinha tão estupidamente triste. e o mais irritante é saber que só me sinto assim porque quis, porque fiz a minha cama e me deitei sempre tão bem nela!
tudo isto só está a acontecer porque o joão, o rapaz que me tem feito ver a vida de um prisma que eu julgava já conhecer de um lado ao outro, se apaixonou mais por mim que eu por mim mesma. sim, isto é possível mas não dura para sempre (aliás, como muitos dos amores, é claro). não dura porque além de ser impossível apagar um passado por muita força que se faça para o esquecer ou lembrar que nunca existiu, esse filho da puta marca-nos e muitas das vezes faz-nos quem somos hoje. não quero com isto dizer que aquilo que anteriormente fiz não me tenha mudado para melhor, porque mudou; admitir um erro ou sentir que um remorso me vai devorar o estômago é uma sensação à qual não me quero habituar e nunca mais quero experienciar. no entanto, fazer com que ele, o joão, veja as coisas como eu as vejo, como um "eu já não sou essa pessoa" ou um "desculpa, não volta a acontecer. deixa-me provar-te que isto vale a pena e que consigo fazer as coisas bem", esta sim é a parte mais fodida. não lhe tiro a razão nem lhe digo que não está certo em fazer-me sentir como merda ou em desenterrar inseguranças que demorei demasiado tempo a enterrar, a questão é que por muita dor de barriga que me esteja a provocar não houve ninguem nesta porra de mundo que tivesse ficado, que tivesse lutado e que tivesse perdoado tanto por mim. NINGUÉM em tantos anos, ninguém! será que isto só prova mais uma vez o quão triste eu sou? vou começar a convencer-me disto e a ideia era cobrir a minha parede com uma frase totalmente diferente, não pode ser não pode ser não pode ser. 

uma amiga minha diz-me que ele me tem feito mais mal que bem. também me diz que está pelos cabelos pela maneira como eu me vejo/trato/falo e que ele é o menor dos meus problemas. eu sei que tem toda a razão do mundo e que o meu conceito de mim mesma não existe ou está simplesmente coberto com arrependimentos e coisas que alguém já falou e eu acreditei, mas a verdade é que senão fosse por ele eu nunca ia saber que afinal ainda há muita coisa a definir dentro de mim antes de me apaixonar por alguém... foda-se pra todo o mundo, desde quando é que o amor se tornou um sitio tão dificil de viver?