segunda-feira, 21 de maio de 2012

p.s- hoje desfiz-me em nostalgias: pelo amor da minha vida que surpreendentemente ainda me faz chorar, pelo melhor grupo de amigas que alguma vez os traços da nossa sorte juntaram mas que incrivelmente se separou por razões que a própria razão desconhece, e finalmente, nostalgia de mim mesma. esta última chega a assustar-me... mostra-me que aquilo que deixei de mim lá atrás eram sentimentos puros, ingenuidades que sem querer apaguei e que afinal de contas e de alguma maneira me valorizavam mas apenas no meu interior, apenas na minha maneira de ver as coisas. 
o meu padrinho é um mestre no hip-hop. ontem, enquanto estudávamos o maldito e entediante direito comunitário, a distracção foi parar ao youtube.com e às demais poesias que rondam as bocas portuguesas. esta letra ficou mais que gravada no meu ouvido, não resisti. espero que sintam tanto quanto eu...
Ouve,
Até que ponto é que o nosso ponto de encontro é certo
Se sempre que te encontro tu ages como um reflexo
Se imitas o que eu faço ate que ponto é sincero?
É que esse "Amo-te para sempre" não me soa a interno

Tu dizes que o meu futuro sucesso nos atrapalha
Ainda não sou conhecido e ja queres dar um tecto a casa?
Confessa que isso é conversa de menina mimada
Porque eu dei tudo para agires como se não tivesses nada


E se discutir como um furacão te poe mais calma
Porque que choras como uma tempestade quando acaba?
Diz me só para que saibas explicar a raiva que sinto
Tem de dar espaço a paciência para actuar

Porque a tendencia é insultar nos mutuamente
E depois transpirar-mos o arrependimento ou o calor do momento
É certo que a desculpa vem em bom tempo
Mas bom seria se sempre o que viesse,viesse com bom senso

É mais facil falar do que fazer,mas se o fizeres como eu quero
Pode ser que...Eu sei
É mais facil falar do que fazer,mas se o fizeres como te peço
Pode ser que...Percebes? 

Não é dificil chegar a um concenso do tipo
Abrires a boca para falares como eu penso
e vice versa
Porque o sentimento é mutuo
Investir no presente para desembrulhar um futuro

(Chamada)

Eu não me gabo a pouca coisa que dizes ser coisa pouca
Como engolir o meu orgulho só para manteres o teu na boca
Da me outra versão com mais acção e mensagem
Porque eu não quero uma relação com duração de curta metragem

Procuro mais que uma amante,quero algo mais serio
Mas longe de amor cego nao nego,nada do gênero
Eu sei que algo ingenuo pode gerar tédio ou discussões 
Com durações para la do milénio

E nisso dou merito ao Jorge,mas a minha palma já foge
Por so te encostares a mim com alma de longe a longe
E só por hoje pedia lhe parte dos 100 mil anos 
Para realizar contigo metade dos 100 mil planos

(A par ?) dos 100 mil danos perguntando ate quando
Vais tentar colorir o que temos vivido a preto e branco
Censuro a poligamia mas a policromia da minha vida
Necessita de uma cor mais viva

Se queres ser diva num mundo fantasiado
Não gastes saliva com quem não nasceu para ser princepe encantado! 

(Chamada)


Esqueçe as rosas,fiquemos com os espinhos
Para sangrar a saudade quando estivermos sozinhos
Lembraste quando deixa-mos de agir como fingidos
E assumimos o que só fazíamos nos jardins proibidos?

Eu lembro me e sei que tu também
Se recordar é viver porque em não vivermos bem?
Porque em pensares em fazer e não fazeres sem pensar
Encontra te a ti primeiro para só depois me procurares

segunda-feira, 7 de maio de 2012

hoje não sei bem o que sinto. na verdade, sou capaz de jurar que em menos de vinte e quatro horas senti um bocadinho de (quase) tudo por (quase) todo o mundo. 
em primeiro lugar saudades. maldita a hora que a minha concentração desaparece para se perder na paisagem maravilhosa que rodeia a minha escola, dá aso a mil e uma vontades e ao mesmo tempo mil e uma vergonhas. 
em segundo e quase por obrigação minha, aquele filho da puta que não me larga ou simplesmente não gosta de me agarrar. meio paradoxal esta minha linguagem, nunca hei-de saber definir o amor de qualquer forma. se é que se pode chamar assim...
em terceiro as perguntas, dúvidas, inseguranças, chamemos-lhe o que quisermos. "o que é que tu procuras?" fala a minha consciência com os sonhos que sobrevivem no meio de tanto recalque. "não sei, eu juro que não faço ideia. sei que quero ir viver sozinha, chegar a casa e enquanto acendo um cigarro o meu amor está lá para os mimos." mas isto todos queremos não é? então foda-se...
e por último senti que quando chegamos ao final do dia já nada é mais certo e tudo aquilo que me fez sorrir no café da manhã foram só momentos que muito infelizmente, raro é o ser humano que os sabe desfrutar.